INTRODUÇÃO: O IDE é um mandamento (Jo. 14: 21), portanto é dever dos pastores e líderes evangélicos a incentivar os crentes a praticar “IDE’’. Por trás destas três letras escondem-se muitas riquezas, um verdadeiro tesouro em experiência com Deus, com o Espírito Santo e com a Palavra, portanto, quando os pastores e líderes evangélicos não incentivam os crentes de suas igrejas a cumprir o IDE com certeza eles estão impedindo os seus membros de desfrutar das riquezas do Reino Espiritual de Deus que já se encontra dentro de cada um dos crentes em Jesus Cristo (Lucas 17: 19- 20; I Co 6: 19; Ef 1: 13).
02 - Contato pessoal: Quando o crente decide ir evangelizar, com certeza ele vai ter contato com pessoas que estão com a sua vida assolada, pessoas que estão com seus lares destruídos Is 1: 5- 7. É a oportunidade de ele ser usado pelo Espírito Santo para levar uma palavra da parte de Deus que vai mudar a história de pessoas que estão em um poço sem fundo (Isaías 58: 11,12; Isaías 44: 25-26; Jo. 14: 26).
No contato pessoal ele tem a oportunidade de desenvolver o amor (Rm 13: 8) por pessoas que anteriormente ele não conhecia (Mt. 22: 37-38; Jó 42: 5; Mt 22: 39; Lc 10: 25-37). O contato pessoal é oportunidade de se estender a comunhão, pois quando não há o IDE, á comunhão fica restrita só entre os irmãos (entre quatro paredes). E ao contrário quando há o IDE, a comunhão, o amor se estende a outras pessoas, crentes ou não crentes (Jo. 3: 16; Gl. 2:8-10; I Jo. 1:7; I Tm 2: 1- 6).
03 - Experiência em batalha: Fala-se tão pouco e ensina-se muito pouco sobre Batalha Espiritual (Dn 10: 1- 14). O IDE é uma grande oportunidade para o crente experimentar e desfrutar do Poder de Deus (Ef. 6: 10-12; Lc. 10:19, 20; Mt. 16:13-19).
É a oportunidade de o crente invadir o reino do inferno (Mt 16: 13- 18; Jr 20: 11; Dt 33: 25- 27) e conhecer lugares controlados por principado e potestades, a serviço de Satanás (Ef 6: 10- 12). É a oportunidade que ele tem de tirar das mãos do diabo vidas cativas, aprisionadas, dando a elas a liberdade que só vem pelo nome de Jesus (Lc. 14: 21-23; Mc. 16: 17; Is. 61: 1; Jo. 8: 36).
04 - Experiência com o espírito santo: A melhor maneira de o crente conhecer o Espírito Santo senti-lo, ser usado por Ele, e ouvi-lo falar (Atos 16: 1- 10; Atos 10: 9- 20) é no campo, na rua, nos becos, nos bairros, nas favelas (Lc 14: 15-23; Ap 22: 17; Lc. 12:12; Jo. 14:2-6; II Sm. 23:2). É nestes lugares que o crente aprende com o Espírito Santo (Jõ 14: 26) e passa a conhecer o poder de Deus (Atos 13:1-12; Atos 16: 9- 18; Atos 19: 1- 16; Atos 20: 1- 12). É no campo, (na rua, nos becos, bairros e favelas) que o crente passa a ter discernimento espiritual (I Co 2: 15; Jo. 3: 1-8; Jo. 4: 23-24) e também passa a conhecer os dons espirituais (I Co 12: 1-11) e ministeriais que possui (Ef 4: 1-14).
05 - Experiência com o poder: É no campo que o crente conhece o Poder de Deus e do Espírito Santo (Is 45: 5- 7). É no campo que ele passa a depender totalmente do Senhor e do seu Poder (Jr. 17:5-18; Jo. 15:1-5; Atos 18: 9-10).
É no campo que o crente vai ver que, por trás do nome de Jesus, há um grande poder capaz de destruir fortalezas nas Regiões Celestes, na Terra e embaixo da terra (Fp. 2:9-11; I Co. 2:1-5; I Co. 1: 18-24).
É na rua e nos becos que ele vai experimentar a unção do Espírito Santo para falar de Jesus, testemunhar Jesus e anunciar Jesus com ousadia (Atos 1:8; Is. 44:8; I Sm 10: 1-7; Rm. 15: 18 e 19; II Co 3: 5).
06 - Experiência com a fé: No campo ninguém sobrevive sem fé (Hb 11: 1-6). É no campo que o crente exercita a sua fé (II Co 5: 7; II Co 4: 18), é no campo ele tem que viver pela FÉ (Hb. 10: 35-39). É no campo que ele vai usar a sua fé (Mt 17: 14-20). É no campo que ele vai precisar da sua fé para fortalecer outros (II Co 7: 5-6; Lc 10: 25-37), para produzir benção para outros, é no campo que ele vai ver se tem fé ou não e qual tamanho da sua fé (Hb. 11:1-6; Mt. 17:14-21).
07 - Experiência com obras sociais: Muitas vezes o crente que só fica trancado entre quatro paredes – vai do culto para casa, da casa para o culto - não tem acesso aos problemas sociais de muitos que estão fora e dentro da própria igreja. Mas quando ele vai para fora, ele vê que para muitos, falta o dinheiro para comprar o pão ou uma caixa de fósforos (Mt. 25:31-40; Sl. 82:3; Isaías 1:17-19). Na rua, no campo ele vai ter a oportunidade de exercitar o seu amor, a sua fé, a sua misericórdia fazendo obras sociais (Tg. 2: 14-26; Mc 6: 30- 42; I Co. 13:13).
08 - Aprendendo a ver como deus vê: Nas ruas, nos becos e valados, o crente aprende a ver como Deus vê (Jo. 3: 16). Ele vê que o mais importante é a alma (Jo. 3: 16). Ele passa a tratar a todos com igualdade, não faz acepção de pessoas (Dt 10: 16-18) e nem julga segundo as aparências (Jo. 7: 24; Is 11: 1-3). As almas são iguais, o importante é salva-las (Pv. 11:30; Tg. 5:19, 20; Lc. 15:7; I Co. 9:22, 23; I Sm. 16:1-7).
O crente no campo, na rua, ele passa a olhar com olhos espirituais, passa a ter discernimento espiritual passa a ser um crente espiritual (I Co. 2:9-16; Rm. 8:1-16; Gl. 5: 24,25; Jo. 4: 23-24).
09 - Motivos para orar e jejuar: No campo é que o crente vai ver que tem muitos que estão precisando das nossas orações e jejuns (II Cr. 7: 14; Ne 1:11; Dn. 10:1-10; Mc. 2:18-20).
O campo, o trabalho nas ruas vai despertar no crente o que na igreja e no simples trabalho de igreja não desperta: o desejo de orar e jejuar (Ez 22: 30; Jl 2: 12; Sl 35: 10). Ele vai pegar gosto por oração e jejum, pois ele vai entender que oração e jejum edificam e deixam o crente mais forte (I Ts. 5: 17; Sl 55: 17; Dn 6: 1-10; Rm. 12:9-12).
10 - Ganha conhecimento e sabedoria: É no campo de batalha, que o bom soldado é forjado (Is 48: 10; II Tm 2: 3- 5); é nas ruas, nos becos e valados, que os crentes ganham experiência, ganha sabedoria, cresce no conhecimento e na graça (Is. 48: 17; II Pd. 3:18; Cl. 2:1-3; I Co. 2:6-12).
Um crente que cresce no campo evangelizando, pregando nas ruas, de porta em porta, passa por todo o tipo de prova e são aprovados (Atos 1: 8). Estes são os verdadeiros obreiros do Senhor (II Tm. 2: 14 -15; II Tm. 2:1-6; I Tm. 3:1-7).
11 - Fazendo discípulos: O IDE não produz membros de banco, o que produz membros de banco é a religião (Mt 23: 1- 6). O IDE produz discípulos (Is. 8: 16; Mt. 28:18-20; Atos 6: 1- 7).
É no campo, nas ruas que o crente aprende com o seu Mestre; é na rua que o crente aprende a imitar o seu Mestre; é na rua que o crente fica parecido com o seu Mestre; é na rua que as pessoas vão ver o Mestre através do discípulo (Lc. 6: 27-40; Ef. 5:1; Atos 11:20-26; Mt. 26:69-73; Gl. 2:20).
12 - Trabalhando com os talentos: Como trabalhar com os talentos se o crente é membro de banco? Tem que enviá-lo, ensiná-lo a trabalhar com os talentos, pois não há crente que não tenha talentos. Todos têm, nem que seja apenas um, mas todos têm (Mt. 25:14-30; Is. 6:1-8; Mc 16: 15).
Quando o crente não sai, quando fica trancado em quatro paredes, ou ele está enterrando seu próprio talento ou os pastores e líderes estão enterrando este talento, fazendo deste crente um servo inútil (Lc. 17:7-10; Rm. 3: 11 e 12; Mt 13: 1-3).
O talento é para ser trabalhado, e não para ser enterrado (Mt 25: 18,24-27). É no campo que o crente aprende a interceder, aprende a amar, a pregar, a ter misericórdia e aprende a ter fé (Jo. 14: 26; Is 48: 17).
13 - Recebendo salário: O crente tem que saber que o IDE além de ser um mandamento, é um trabalho, é uma oportunidade de trabalhar na obra (Lc. 10:2; Mq. 2: 10ª; Ed 10: 4; I Co 15: 58).
O crente trabalha para os homens, recebe salário dos homens e no final do mês, ele vê na conta bancária, no holerite, em dinheiro vivo, o pagamento do seu trabalho. Na obra de Deus não é diferente, Deus chama trabalhadores e não fica devendo nada para ninguém. Todos que trabalham para Deus recebem salário (Mt. 20:1-16; Gn. 30:28; Lc. 10:5-7; I Tm. 5:18). Recebe em dinheiro e também em bênçãos (Ef 1: 3; Rm 15: 25-29). Obs. Ver Serviço cristão (Tema: Outros assuntos).
14 - Certeza de que Jesus está de olho nele: O crente na rua não está só (Atos 18: 9- 10; Mt 28: 18- 20), os anjos estão em redor (Sl 34: 7; Sl 91: 1-11; Atos 5: 17-20; Atos 12: 1- 11), o Espírito Santo está dentro (1: 13; I Co 6: 19; IIC o 6: 11-16: Ef 2: 11-22) e Jesus, ele está todo o tempo de olho (Atos 7: 54-56; Sl. 33: 18; Pv 15: 3; Sl. 101:6).
O IDE é uma comprovação que o crente é um verdadeiro adorador (Jo. 4: 23-24; Sl 101: 6); é uma comprovação de que este crente não se envergonha do Evangelho (Rm 1-17; Mt 10: 32). Jesus está continuamente na presença do Pai falando dele (Atos 7: 54-56; Mt 10: 32).
15 – Enchendo-se do espírito santo: O IDE produz prazer, produz festa porque neste caminho sempre há alguém que se arrepende e se converte (Lc. 15:7; Lc 10: 25-37; Jonas 3:1-10).
O IDE enche o crente de alegria, de prazer, de vontade de falar de Jesus, enche de ânimo, de vontade de orar, de jejuar, de ganhar almas, de cantar louvores, de agradecer, de estudar a Palavra. O “IDE” enche o crente do Espírito Santo (Ef 5: 18). O crente fica tão cheio de Deus que o cálice chega a transbordar (Sl. 23:1-5; Ec. 9:7, 8; Is 58: 11). Crente Cheio Contamina (Is 58: 12)
16 – Quantas riquezas os crentes têm deixado de ajuntar; quantas maravilhas os crentes tem deixado de desfrutar; quantas bênçãos os crentes têm deixado de receber; quantas promessas os crentes têm deixado de alcançar. Por suas culpas? Talvez não. Culpas dos líderes? Talvez sim, mas o maior culpado é o sistema religioso que tomou conta do mundo evangélico (Is 29: 13). Precisamos fazer algo (Lc 22: 29). Cabe aos líderes e pastores colocarem as suas igrejas na rua e levar os seus membros a viver o verdadeiro Reino de Deus aqui na Terra (Lc. 17: 20-21; Mt. 16:18 e 19; Ap. 1:4-6).
PR. Ev. Sérgio Lopes |
