Quem não quer ser rico? (I Tm. 6:9-10) Alguém pode dizer: “Eu não quero ser rico”. Está muito bem meu irmão; você está entre poucos, pois a maioria sonha em ser empresário ou ter um bom emprego, ganhar altos salários, ter uma mansão, apartamento na praia para passar o verão, uma fazenda ou no mínimo um sítio no interior para passar as férias. Sonham também em ter dois carrões na garagem, muito dinheiro para viajar, conhecer o mundo todo. O nosso inimigo sabe destes desejos, que fazem parte da maioria dos seres humanos (Pv 19: 4). A maior especialidade do inimigo é estudar o homem (Jó 1: 6- 8). Ele passou anos e anos estudando Eva e sabia do desejo dela pelo fruto (Gn 3: 1- 6 ). Ele sabe tanto dos desejos do homem que achou que com Jesus seria do mesmo jeito, ou seja, presa fácil como fora Adão e Eva (Lc. 4:6- 8). Por aí dá para ver como algumas igrejas e ministérios investem alto no ministério de prosperidade, oferecendo riquezas, bens materiais, ou seja, oferecendo o que o homem deseja (Mt. 6:19-21 e 24; I Tm 4: 1; I Co 15: 19).
O nosso inimigo sabe que o crente não gosta de palavras duras (Jo. 6: 60- 68). Ele sabe que o crente é emotivo, tem uma vida na maioria das vezes sofrida e cheia de tribulação (Atos 14: 22). Assim, quando vai à igreja ele prefere palavras que levantem seu ânimo, que venham a alegrá-lo, por isso podemos ver uma enxurrada de pregações baseada nas emoções; pregações estas que só servem para mexer com as emoções do crente (Jr 5: 13), mas que não lhe trazem crescimento espiritual nenhum (Pv 14: 12; II Pd. 3: 18; I Co 14: 20).
O inimigo sabe que todos aqueles que vêm para o Evangelho, na maioria das vezes são envolvidos com ritmos e danças. O inimigo também sabe que aqueles que vêm do mundo sempre foram chegados a um forró, sambinha, pagode, rap, funk, rock e outros tipos de ritmos e danças, muito destes ritmos foram adquiridos no candomblé. Vemos hoje dentro das igrejas ritmos como o Olodun, Axé e outros (Amós 5: 23). Estes são os motivos para se criar o reteté (e), uma forma de ter o que tínhamos no mundo, agora dentro das igrejas, escondidos atrás da letra do livro maior: a Bíblia (II Co. 3:1-6). Alguns até podem perguntar: “Se nós não tocarmos estes ritmos quais sons vão tocar nas igrejas”? Meu irmão e minha irmã, se o som que tocarmos nas igrejas tiver que vir do mundo (Tg 4: 4,5), do candomblé (I Tm 4: 1), nós somos os mais miseráveis (Jr 2: 12,13; Is. 30:1-2). Nossos louvores e ritmos têm e devem ser inspirados pelo Espírito Santo (Jo 14: 26) e não pelo espírito que está no mundo (Jó 35: 10; Nm 21: 17; Ef. 5: 18,19; I Jo. 4:5,6).
O inimigo sabe que todos aqueles que começam um trabalho, começa com muita alegria e tem como objetivo crescer e atrair multidões (Lc 22: 33.34). Contudo, quando nós temos como objetivo a quantidade, não nos preocupamos com qualidade (Ef 4: 27; I Pd 5: 8). Sendo assim, nos tornamos presa fácil (Lc 22: 54- 61) envolvidos pelo interesse, então pregamos doutrinas que agradam as multidões (Ap 2: 4,5). Pregamos o que não tem nada a ver com a Palavra de Deus, e muito menos damos ouvidos ao Espírito Santo (Is 43: 8). Perdemos a direção quando passamos a confiar em nós, e não em Deus (Jr. 17:5, 9; Pv 14: 12; Sl 40: 1- 2).
O inimigo também sabe que o crente gosta de ver sinais (Jo. 20: 24 e 28; Jo 4: 48). O diabo sabe que ninguém gosta de cair endemoninhada na igreja (Mt 12: 29; Amós 3: 3; Ef 1: 13). Na Igreja Pentecostal, quando chegou ao Brasil, até os anos noventa, as pessoas caíam na igreja, ou por cura ou por libertação de demônios (Mt 4: 23,24; Mt 15: 21- 28). Dos anos noventa até os dias de hoje, as igrejas começaram a abandonar estas doutrinas (Mc. 16: 15-18), tudo para agradar multidões (Is. 28: 13-15; Is 30: 1,2). As igrejas de hoje abriram as portas para o diabo, sinais que não tem nada a ver com os sinais apostólicos (Mt 24: 24,25), e também para as doutrinas que agradam as multidões e o diabo (Ap 16: 13,14; II Ts 2: 7- 9; Ef 4: 7- 14). A doutrina do cair na unção (cair no poder) agrada o ego da pessoa que cai, porque ela é induzida a pensar que não está endemoninhada e sim arrebatada na unção (IRs 22: 21,22; I Ts 2: 9- 12; I Jo 4: 6).
Nestas doutrinas o diabo está oculto nas pessoas que se deixam levar pelos seus interesses ególatras, conseguindo seu objetivo (I Tm 4: 1). Desta maneira, sorrateiramente, e aos poucos, Satanás vai afastando das igrejas as doutrinas que o identifica (Ef 5: 13; Hb. 6: 1,2) e colocando as doutrinas que ocultam os seus demônios. É como se o diabo dissesse: “Você quer bens materiais, riquezas? Eu invento uma doutrina que vai fazer você prosperar (Mt 6: 24). Você quer palavras que o ajudem a se animar, se alegrar? Eu te dou pregações que te agradam (II Tm 4: 1- 4). Você quer dentro das igrejas ritmos do mundo que façam você lembrar os tempos do mundo? Eu trago para você (Amós 5: 23). Você quer ver sinais que o ajudem a crer? Envio os meus servos que vão fazer sinais para você (II Ts 2: 9; Mt 24: 24,25). Você tem vergonha de cair endemoninhado? Vou inventar um outro nome que vai fazer os outros te elogiarem quando você cair e dizerem que você caiu na unção (poder) (Ap 3: 17).
Devemos policiar os nossos desejos (I Co. 11: 28-31), porque aquilo que nos agrada e que desejamos, o diabo dá um jeito de colocar na nossa frente (I Jo. 5: 19; Lc 4: 5- 7; II Co 4: 3; I Jo 4: 6).
Pr. Ev. Sérgio Lopes
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