GUERRA: A VERDADE DO NOVO TESTAMENTO


A guerra é dentro da igreja e o perigo é as falsas doutrinas: Existem muitas doutrinas circulando no meio evangélico (II Tm 4: 1; Ef 4: 11- 14; Mc 13: 37). Doutrina da prosperidade (II Tm 6: 3- 7), das emoções (Cl 2: 18) e do triunfalismo (II Pd 2: 12- 14; Fp 4: 11- 12; Mt 6: 19- 21). A Doutrina do Triunfalismo passa que, se você está doente (I Tm 5: 23; Gl 4: 13- 14), desempregado (Mt 20: 1- 6) e é pobre (Dt 15: 11) é porque você não tem fé (Hb 11: 1; II Co 5: 7; II Co 4: 18). Neste tipo de doutrina, tudo é fácil (Mt 8: 18- 20; Jo 12: 25- 26; II Co 1: 3- 5). Se você está passando por lutas, perseguições, tribulações e aflições são porque você está em pecado (Mt 5: 11; I Pd 4: 14; II Tm 3: 12; Mt 7: 14; II Tm 2: 9). A Doutrina do Triunfalismo prega um evangelho de engano, tendo como objetivo desviar o crente do verdadeiro evangelho (II Co 4: 3- 4; Rm 16: 20). O verdadeiro evangelho é um evangelho de vitória (Cl 2: 13- 15), mas de guerra (Mt 16: 18) e não de paz (Mt 10: 34- 36; Lc 14: 26). Você já viu em uma guerra tudo ser fácil, tudo ser paz? (Jr. 28: 1-9; Jr. 13: 14).

Acredito que estes que pregam o evangelho triunfalista, onde tudo é fácil, estão mais preocupados em inchar as suas igrejas do que povoar o céu (Atos 20: 28- 30; II Co 11: 13- 15; II Pd 2: 1- 3). Estão na verdade mais preocupados com a quantidade do que com a qualidade (Jr. 23: 13; Ez. 34: 1-4; Jr. 7: 11). Como podemos acreditar que uma pessoa que está doente, desempregada ou é pobre não tem fé? Isto é um absurdo! Enquanto vivermos neste mundo estaremos sujeitos às doenças e desempregos, e seremos, ou teremos pobres em nosso meio (Dt. 15:7-11; Mt 26: 6- 11; Mt 11: 5).

Como pode alguém imaginar viver um evangelho fácil, tranquilo, se nenhum daqueles que viveram no Novo Testamento viveram? Como podemos ter paz se estamos em guerra contra Satanás? Temos um inimigo que o tempo todo está tentando tirar nossa paz (I Pd. 5: 8; Lc. 22: 31- 32; Ap. 12: 10). À medida que nós procuramos fazer a vontade de Deus, vivendo o verdadeiro evangelho, declaramos guerra contra o Diabo (Mt 12: 28- 30), e seguramente sofreremos os ataques dele de todos os lados (Ap. 12: 12; 10: 10a; II Co 2: 10- 11).

O reino de Deus: A luta e a recompensa. No momento em que você decide buscar a Deus, ou seja, entrar em dimensão espiritual (I Co 2: 15) e alcançar o invisível (II Co 4: 18), você vai encontrar muita luta (Ef 6: 10- 12; Jó 1: 6- 7; I Jo 5: 19). O Reino de Deus é um reino de guerra (Is 13: 2- 4) e, com certeza, para entrar e permanecer nele é luta o tempo todo (Mt. 11: 12; Atos 14: 21- 22; Mt. 13: 24- 25). O Reino de Deus é invisível (Lc. 17: 20), e por ser invisível poucos o alcançam (Mt. 22: 1- 5; Lc 8: 4- 15). Os poucos que alcançam passam por muitas lutas (Atos 16: 19- 24), pois conseguem ver as armadilhas dos demônios que agem no mundo invisível (Atos 16: 16- 18; Jó 4: 14- 15). Contudo, terão uma grande recompensa: A experiência pessoal com o Espírito Santo (Atos 16: 1- 7) e tremendas revelações de Deus (Atos 16: 9- 10; Jo 14: 15- 17; I Co. 2: 9- 12).

Vida em espírito traz tentações, mas também o poder de Deus. Se alguém vive uma vida de oração e jejum (Mt 17: 21), isto significa colocar em prática a Palavra de Deus na sua vida (Jo 7: 16- 17; Jo 14: 21). Colocar a palavra de Deus em pratica é viver uma vida no espírito (Gl 5: 16- 17; Rm 8: 1). Estes com certeza vão sofrer muitas tentações com suas conseqüências (Mc 14: 38; Tg 1: 13- 14; Mc 13: 37). A única forma que Satanás tem para fazer o homem parar de orar, jejuar e colocar a Palavra de Deus em prática na sua vida é lançando sobre este homem ou mulher a tentação (I Co. 10: 12- 13; Pv 23: 31; II Tm 2: 21). A tentação enfraquece o homem, mexe com sua carne, age nas áreas dos desejos, sendo por isso melhor fugir dela (I Tm. 6: 11; II Tm 2: 22; Tt. 2: 11- 12). A vitória sobre a carne, através da oração, do jejum, e da leitura da Palavra de Deus, certamente trará experiência com o Poder de Deus (Lc. 10: 19- 24; Lc. 9: 1- 2; I Co 1: 25- 29; Pv 13: 7).

As marcas de Cristo trazem perseguições, mas também a alegria.  À medida que vamos entrando no Reino de Deus, e vivendo em Espírito, as marcas de Cristo começam a aparecer em nossas vidas (At. 11: 26 Gl. 6: 17). As marcas de Cristo em nossa vida nos fazem ser reconhecido no mundo Espiritual e isto traz perseguições (II Co. 4: 9- 10; I Pd 4: 12- 16; I II Tm. 3: 12). Mas também traz alegrias porque Cristo está nas nossas vidas (; Gl. 2: 20; At. 13: 50- 52; Atos 5: 40- 41).

A fé traz provas, mas também traz paciência e esperança. Como podemos dizer que quem é pobre, tem problemas com doenças ou está desempregado não tem fé se a própria fé traz provas? (Tg. 1: 2- 4; Gn. 22: 1- 12). A fé tem que ser provada (II Tm 2: 15), pois se tudo o que nós quisermos e Deus der (I Sm 2: 12- 17), nós vamos acomodar (I Sm 2: 22- 30; Hb 12: 5- 10; Gl 6: 7). A prova desenvolve em nossas vidas a paciência, a esperança, fazendo com que venhamos a ter uma grande confiança em nosso Deus (Jr. 17: 5- 8; Sl 40: 1; Rm 8: 25). Como podemos tirar das nossas vidas as lutas, as tentações, as perseguições e as provas? Não podemos tirá-las, pois elas fazem parte da vida cristã (Sl 11: 5; Gn 22: 1; Gl 3: 8). Foi através delas que os Apóstolos obtiveram as maiores experiências pessoais com o Poder de Deus, e com o Senhor Jesus Cristo (At.12: 1- 17; At. 16: 19- 31; At.18: 1- 11; At.23: 1- 11; At.27: 13- 25).

O testemunho do crente traz ódio e guerra. Quando carregamos as marcas de Cristo em nossas vidas, não conseguimos falar de outro assunto, senão dele (Lc. 6: 45; I Co. 2: 2; Lc 19: 40). Quando falamos de Jesus e começamos a divulgar o seu nome, o inferno se rebela, partindo com tudo para cima de nós (Atos 4: 1- 3; Atos 7: 55- 57; Atos 4: 18). Falar de Jesus traz animosidade (Atos 6: 8- 11), guerras, ódios e divisões (Lc. 21: 17; Lc. 12: 49- 53; Jo 15: 18- 21). Mas aqueles que estão o tempo todo testemunhando Jesus Cristo pode ter a certeza, ele também está intercedendo por ele diante do Pai (Mt. 10: 32; Mt 28: 19- 20; Atos 18: 9- 10; Ap. 3: 5).

A Santidade traz separação, perda e renúncia. A santidade faz com que deixemos para trás muitas coisas das quais gostamos e que nos agrada, mas é necessário deixá-las (I Co 3: 16; Tg 4: 4- 5; I Jo 2: 15- 17). Sem Santidade ninguém verá o Senhor (Hb. 12: 14; I Ts. 5: 23; I Pd 1: 16). A Santificação trás luta pessoal, você passa a ter um combate na sua mente contra você mesmo, contra o seu próprio raciocínio (Rm. 7: 15- 24; Fp 4: 8; II Co. 10: 3-5). Não obstante, a santidade nos dá a garantia de que somos povo de Deus (I Pd 2: 9- 10) e a certeza de que não somos daqui (Fp. 3: 20. Hb. 11: 16; Jo 14: 1- 3).

A fidelidade traz tribulação e aflição, mas também traz a vida eterna. A fidelidade é não negar, seja em qual for à situação (Ap 3: 10; Sl 101: 6; Ap 17: 12- 14). Muitas vezes vamos sofrer coisas estranhas (I Pd 4: 12; Jó 4: 15), mas não podemos negar (Ap. 2: 8- 9; I Pd. 4: 13- 18; Jo 16: 33). A fidelidade nos faz morrer por causa de Cristo, com a certeza de viver com Ele – Cristo - para sempre (Ap. 5: 1- 10; Ap 2: 25- 26; Ap. 3: 21). A visão do Novo Testamento é uma visão de guerra, por isso ele fala o tempo todo em quem quer vencer (Ap 2: 7, 11, 17, 26; Ap 3: 5, 12, 21). Não é um jogo, não é uma brincadeira e sim uma guerra declarada (Ap. 16: 13- 14; Ap 17: 3- 6; Is 13: 2- 4; Ez 37: 1- 10; Atos 2: 1- 4). Quando desejamos verdadeiramente viver esta guerra, fazendo a vontade de Deus e vivendo as verdades do Novo Testamento, com certeza já somos mais que vencedores (Rm 8: 31- 37; Fp 4: 13; II Co 12: 9- 10). Não por nossa capacidade, mas pela certeza de que o Senhor está ao nosso lado (II Rs.6: 8- 17; II Cr. 20: 15- 20; Jr. 20: 11).


  • Pr. Ev. Sérgio Lopes - prsergio@palavrasdavida.com.br

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