DERROTADOS PELA AUTOCONFIANÇA (Jeremias 17: 5)
INTRODUÇÃO: Alguns podem achar que eu tenho medo do diabo, ou que eu queira ser advogado dele; na verdade não é nada disso: (I Co 11: 16; I Jo 4: 6). O que tenho visto é que muitos pregadores, na intenção de levar o povo para o lado das emoções e gritaria, têm subestimado o diabo em suas pregações (Jd 8- 9; II Pd 2: 12). Subestimar o inimigo é um erro e um erro que pode ser fatal (Lc 22: 31- 33; II Co 2: 11; Lc 22: 34 e 54- 62). Subestimar o inimigo é tolice (Mt 16: 20- 23; Ef 4: 27; I Pd 5: 8; Jó 7: 20); e não subestimar é sabedoria (Pv 22: 3; Pv 1: 5; Pv 12: 15). A intenção do estudo é: Primeiro alertar os pregadores, pois alguns até famosos estão sendo carnais e crianças ao subestimar o inimigo (Is. 3: 12; I Co 13: 11; I Co 14: 20; Jr 23: 30- 32). No que diz a Palavra de Deus: Nós estamos em uma guerra contra Satanás (II Co 2: 10) e os demônios (Ef. 6: 10- 12; Mt 27: 13- 14; Lc 23: 8- 9). Inimigos invisíveis e espirituais (Jó 4: 13- 15; II Co 4: 18a).
1ª PARTE: O VELHO TESTAMENTO:
Os olhos de Eva:
No velho testamento; observamos poucas passagens em que o diabo é mencionado (Dt 29: 29). Mas nestas poucas passagens, vamos ver o suficiente, para saber no Velho Testamento que Deus é o Criador de tudo (Is 45: 5- 7) e criador do próprio diabo (Ez 28: 13- 15; Is 14: 12- 14; Ap 12: 7- 9). Sendo ele criador do próprio diabo ele não o subestimou (Jó 2: 1- 3) e nem deu autoridade para que ninguém o subestimasse (Zc 3: 1- 2; II Pd 2: 11). Já no primeiro livro da Bíblia; o livro de Gênesis, bem no começo da Bíblia já vemos que o nosso inimigo não pode ser subestimado (Gn 3: 1- 5; II Co 11: 3). Ele passou anos observando Eva (Hb 12: 1). Todos os dias ele via que ela cobiçava a árvore que estava no meio do Jardim (Gn 2: 8- 17). E sabia que ela não tirava os olhos da árvore (Mt 6: 22- 23; Pv 27: 20; Ec 1: 8).
A fidelidade de Jó atrai a inveja de Satanás:
Veja a passagem de Satanás no livro de Jó (Jó 1: 1- 5), e observe a sua astúcia: (Jó 1: 10- 11). Veja por onde ele anda (Jó 1: 7) e na presença de quem ele vai: (Jó 1: 6). Deus conhece o pensamento de Satanás (Jó 1: 8), pois Deus é Onisciente (Sl 139: 1- 3). Deus menciona o nome de Jó para ver a reação do diabo (Jó 1: 9). Deus conhece a capacidade de Jó (Jó 1: 12; I Co 1: 13). Satanás se manifesta como o acusador (Ap 12: 10) e usa a sua astúcia para atingir Jô (Jó 2: 1-3).
Satanás e o corpo de Moisés:
Agora Satanás volta na presença de deus para questionar o corpo de Moisés (Jd 9; Dt 34: 1- 6). Veja o motivo por qual Satanás questionou o corpo de Moisés: (Dt 3: 23- 26). Satanás questionou o corpo de Moisés porque ele não glorificou Deus diante do povo no deserto (Nm 20- 1- 12). Satanás acreditava que por causa desse pecado o corpo de Moisés lhe pertencia (Jo 3: 8a; Rm 5: 12). Devemos sempre lembrar: Moisés não viveu no tempo da graça (Jo 1: 17). Mesmo não vivendo no tempo da graça, Moisés pertencia ao Senhor desde o ventre (Gn 2: 1- 10; Mt 17: 1- 3) .
As vestes sujas de Josué filho de Jeosadaque:
O negócio de Satanás questionar a vida do crente (Jó 1: 10; Lc 22: 31; Mc 13: 37). Agora, ele volta à presença de Deus para questionar ao sumo sacerdote Josué filho de Jeosadaque, por causas das suas vestes sujas (Zc. 3: 3- 5). Duas coisas nós observamos a respeito do corpo de Moises: Vimos que o anjo estava presente, não escarneceu, e não subestimou a Satanás (Jd. 9). Em relação a Josué, filho de Jeosadaque, o próprio Senhor não o subestimou, e nem escarneceu (Zc 3: 1- 2; Jo 1: 2; Gn 1: 26; Gn 3: 22). Embora Deus pudesse ter feito isso (Fp 2: 5- 6), mas Deus não o fez (Mt 11: 28- 29; Fl 2: 7- 8). Deus está querendo nos mostrar, ensinar alguma coisa com isto: (I Co 11: 1; Ef 5: 1; Mt 5: 48). Outra coisa que observamos: É a respeito das vestes (Jó 29: 1- 14; Ec 9: 8; II Sm 12: 20). Se as nossas vestes estiverem manchadas ainda que seja uma mancha pequenininha, é o suficiente para Satanás nos acusar (Ap 12: 10). Mas graça a Deus que nós temos um advogado no céu (I Jo 2: 1- 2; I Co 15: 57) e o sangue de Jesus para nos purificar aqui na terra (I Jo 1: 5- 7; Ap 5: 1- 9; Ap. 7: 13- 14).
Davi sofre nas mãos de Satanás:
Davi, o maior guerreiro da história de Israel (I Sm 18: 1- 7). Venceu todas as batalhas (I Sm 30: 1- 31; II Sm 5: 1- 25). Expulsava demônio só com o toque de sua harpa (I Sm 16: 14- 23). Andou com Deus (Sl 78: 70), viu a glória do Messias (Sl 110: 1) e foi um homem segundo o coração de Deus (Atos 13: 22), mas disso foi suficiente para impedir Satanás de atingir a sua vida (I Cr 21: 1- 8) e a sua casa (II Sm 11: 1- 25; II Sm 12: 1- 14; II Sm 13: 1- 36).
2ª PARTE: OS EVANGELHOS
Satanás persegue o menino Jesus:
Já nos evangelhos fala muito do diabo (Satanás), mas mesmo nas partes que não fala, sabemos que ele estava presente (Jo 8: 42- 44; Jo 10: 1 e10a; Mt 12: 22- 26). O objetivo de Satanás era destruir Jesus (Jo 10: 10b; I Jo 3: 8b; Gn 3: 15; Is 7: 14; Mt 1: 23- 25; Lc 1: 26- 31; Lc 2: 1- 11). Satanás o acompanhou o tempo todo, desde o nascimento até a sua ascensão ao céu (Atos 1: 1- 9; Ap 12: 5). A perseguição de Satanás a começou antes de ele sair do ventre (Ap 12: 2; Lc 2: 1- 5). E depois do seu nascimento a perseguição se tornou mais real (Ap 12: 3- 4; Mt 2: 1- 13; Ap 12: 6).
A prova de Jesus antes do seu ministério:
O Evangelho o trata como um inimigo perigoso, que se infiltra no meio do povo de Deus (Mt 10: 16; II Co 11: 14- 15), para tentar e destruir a obra de Deus (Mt.13: 36- 39; Jo 17: 12; Jo 13: 21- 27; Mt 26: 14- 16 e 47- 50).Veja o perigo que Satanás representa para a igreja, para os pastores e para as ovelhas do Senhor (II Tm 2: 15; I Tm 3: 1- 7; Tg 1: 2- 4; I Co 3: 10- 13). Antes de Jesus começar o seu ministério ele teve que enfrentar Satanás, ou seja, Jesus teve que passar por uma prova de fogo (Is 28: 16; Sl 118: 22- 23; Mt 21: 33- 42; Rm 9: 33; I Pd 2: 3- 10). Prova que Adão não conseguiu passar: (Gn 3: 1- 6). Jesus derrotou Satanás rejeitando as suas ofertas (Lc 4: 1- 13; Is 30: 1- 2; Tg 4: 4- 5; I Jo 5: 19). Jesus não escarneceu dele (Fp 2: 5- 8); Jesus o venceu pela Palavra (Ef. 6: 17; Hb 4: 12; Sl 149: 6). Todo o dia ele está próximo (I Pd 5: 8), acompanha o evangelismo, e de bobo ele não tem nada (Lc. 8: 10- 12; Atos 17: 16- 32; Jo 8: 43).
Satanás e Pedro:
Satanás, e aproveitava para observar Pedro (I Pd 5: 8; Ef 4: 27; II Co 2: 10- 11). Ele observava o ponto fraco de Pedro (Lc 22: 33; I Pd 5: 5; Sl 75: 4). Ele sabia que Pedro gostava de crescer quando estava ao lado de Jesus (Sl 12: 3; Mc 7: 21- 22; Tg 4: 6). Então ele aproveitou a soberba de Pedro e agiu: Usou a Pedro para repreender a Jesus (Mt 16: 20- 23). E qual foi a sua intenção? Se Jesus aceitasse a repreensão de Pedro, ele ia achar que Jesus tinha medo de Pedro (Rm 6: 16a; Gl 1: 10). Se Jesus se calasse diante de Pedro ele teria a certeza que Jesus era um fraco como Adão (I Co 15: 45- 47; Mt 26: 36- 42; Lc 22: 39- 44). Veja o quanto ele é ardiloso: Ainda tem muitos que acham que ele é bobo (II Pd 2: 12; Jd 9). A artimanha que ele usou serve para derrubar os homens (Lc 22: 31- 32 e 54- 62), mas um homem cheio do Espírito santo como Jesus (Lc 4: 1), não cai nesta artimanha (I Co 2: 15; Ef 5: 18; Jó 40: 23a).
Satanás e Judas Iscariotes:
Da mesma forma que Satanás usou a Pedro para tentar Jesus (Mt 16: 20- 23), agora ele acha um apóstolo que por ganância ao dinheiro resolve fazer a sua vontade ((I Tm 6: 9- 10; Pv 28: 20; Mc 13: 37). Da mesma forma que ele observava a Pedro ele observou a Judas (Jo 12: 1- 6), e este se perdeu (Jo 17: 12), e realizou os seu desejo (Mt 26: 14- 16; Jo 13: 21- 27; Mt 26: 47- 50). Não se engane: Satanás veio para roubar, matar e destruir (Jo 10: 10a). Satanás não é bom (I Jo 5: 19), e com ele não tem acordo (Is 28: 15). Não tem como servir a Satanás e Jesus (Mt 6: 24a; (I Rs 18: 21; II Co 6: 14).Quem faz acordo com ele termina muito mal (Mt 27: 3- 5; Pv 22: 3; Tg 1: 13- 15).
Os demônios estão a serviço de Satanás:
Muitos pregadores famosos e outros nem tanto, gostam de escarnecer e zombar de Satanás como se ele fosse uma pessoa comum (I Ts 2: 17- 18; II Co 2: 11). Não se engane: Satanás não é como os homens (Ez 28: 13- 14). Ele e seus demônios são espíritos enganadores (Ef 2: 1- 2; Jó 4: 13- 16). Jesus disse que ele tem um reino (Mt 12: 25), e um reino organizado (Mt 12: 26), mais organizado do que todos os reinos deste mundo (I Jo 5: 19; Jo 14: 30; Ef 2: 2). Os demônios estão ao seu serviço (Ef 6: 12; Mt 27: 11- 14; Lc 23: 8- 9). Havia uma mulher que tinha um espírito de enfermidades há dezoito anos (Lc 13: 10- 11). Veja a liderança de satanás, ele destacou um demônio exclusivamente para aquela mulher e durante dezoito anos aquele demônio obedeceu às suas ordens, mas quando Jesus chegou e o expulsou (Lc 13: 12- 16; Mt 4: 16- 17; Mt 12: 28; Atos 16: 31).
3ª PARTE: AS CARTAS
O apóstolo Pedro e o diabo:
Os apóstolos falaram sobre o assunto nas cartas que escreveram as igrejas (Dt 29: 29; Is 34: 16). Pedro pode falar com autoridade sobre o assunto (Mt 16: 20- 23), pois teve várias experiências com a malignidade de Satanás (Lc 22: 31- 34). Pedro não viu Satanás, mas experimentou a sua força (Lc 22: 54- 62). Quando ele escreve as igrejas ele fala da proximidade do diabo com o crente (I Pd 5: 8b). Da necessidade do crente viver em constante vigilância (I Pd 5: 8a). E fala que o diabo é um inimigo, muito perigoso e não está para brincadeira (I Pd 5: 8c). Em outra carta ele fala do perigo que corre aqueles que zombam do assunto sem conhecimento (II Pd 2: 11- 12).
O apóstolo Tiago e os demônios:
Segundo o apóstolo Tiago os demônios são reais, e como qualquer ser humano eles também crêem (Tg 2: 19; Mc 1: 21- 24; Mc 5: 1- 7). Podemos entender que o fato de alguém crer em Deus ou em sua palavra não o impede de ser usado ou possuído por algum demônio (Mt 23: 1- 2; Jo 8: 44). Podemos entender também que a crença é diferente da fé (II Co 5: 7; Hb 11: 1; Mt 17: 14- 20). Todos ou quase todos os homens manifestam a sua crença em algo (Atos 17: 15- 22; Tg 1: 26- 27; I Jo 5: 19- 21). A crença provavelmente não leva o homem crer em Jesus Cristo (Rm 5: 1) e nem praticar as obras de Deus (Tg 2: 14- 16; Lc 10: 25- 37; Tg 2: 17; I Jo 3: 18). As obras de Deus não são feitas por ágüem que crê em alguma coisa, mas sim por aqueles que têm fé em Deus (Jo 14: 12; Tg 2: 18; Mc 16: 15).
O apóstolo João e o maligno:
O apóstolo João em uma de suas três cartas faz a separação entre aqueles que estão vivendo segundo a vontade de Deus (I Jo 2: 5; I Jo 3: 1- 3; I Jo 4: 11) e aqueles que andam segundo a vontade do diabo (I Jo 2: 11; I Jo 2: 6- 8a). Ele não fala claramente do diabo, mas mostra a forma com ele se manifesta (I Jo 4: 6; II Ts 2: 9- 11; II Cr 18: 20- 21). Segundo o apóstolo João o diabo se manifesta nas trevas (I Jo 1: 6; Jo 3: 19- 20). Ou seja, onde está às trevas está também à presença do diabo (I Jo 2: 9; Hb 12: 15; Mt 6: 14- 15). João fala também da presença do anticristo (I Jo 3: 18) e do falso profeta nas igrejas (I Jo 4: 1; Mt 7: 15; Mt 24: 24). Podemos deduzir que onde está o anticristo e o falso profeta, Satanás ali se encontra (I Jo 3: 19; Mt 13: 24- 25; Atos 20: 29- 30). Segundo o apóstolo João a presença do anticristo e do falso profeta entra na igreja quando a igreja abre as portas para o mundo (I Jo 2: 14- 17; Lc 4: 5- 7). O mundo está nas mãos do maligno (I Jo 5: 19) e quando o mundo entra na igreja o maligno entra junto (Is 30: 1- 2; Tg 4: 4- 5; Rm 12: 1- 2).
O apóstolo Paulo e Satanás:
O apóstolo Paulo foi o que mais falou de Satanás (Atos 26: 13- 18; I Co 7: 1- 5). Paulo esteve em suas mãos (26: 9), e foi usado por ele para perseguir (Atos 26: 11), prender e autorizar a morte dos seguidores de Cristo (Atos 26: 10; Atos 7: 51- 58). Paulo, igual a muitos que conhecemos foi usado por Satanás por causa da sua ignorância (I Tm 1: 12- 13; Os 4: 6a). Quando ele encontrou Jesus ele foi liberto da ignorância (I Tm 1: 14; Atos 9: 1- 20; I Co 2: 2). Conheceu a verdade (II Co 13: 8; Jo 8: 31- 32), e não mais Satanás teve autoridade em sua vida (Jo 8: 36; Lc 4: 18; Mt 11: 28- 30). A igreja que estava em Roma estava sofrendo com os ataques de Satanás e Paulo manda em sua carta uma revelação da parte de Deus, que com certeza trouxe muita paz para os irmãos (Rm 16: 19- 20; Atos 16: 31; Sl 27: 14). A igreja de Corinto Paulo faz um alerta: A igreja de Corinto não deveria ignorar os ardis de Satanás (II Co 2: 10- 11; Jó 1: 6- 7; Ap 12: 10; Zc 3: 1- 3). Paulo fala da necessidade da igreja ficar vigilante quanto à entrada de falsos apóstolos na igreja (II Co 11: 13; Mt 10: 16; Mc 13: 37). Homens que segundo ele foram enviados por Satanás para desviar a igreja do caminho (II Co 11: 14- 15; Mt 24: 4). Ele menciona também sobre a experiência que ele teve com um demônio da parte de Satanás que com permissão de Deus atingiu a sua carne, pois este tinha facilidade em se ensoberbecer (II Co 12: 1- 1- 8; I Pd 5: 5- 6). Deus permitiu um espírito de enfermidade em sua carne (Gl 4: 13- 14; II Co 12: 9). A igreja de Éfeso Paulo alertou a serem cuidadosos com o diabo (Ef 4: 27; I Pd 5: 8; Jó 7: 20). A igreja da Tessalônica Paulo fala de sua situação difícil (I Ts 2: 1- 2; Atos 17: 1- 10a). Ele queria visitar está igreja, mas as dificuldade imposta por Satanás o impediu (I Ts 2: 17- 18; Ap 12: 17- 18; Lc 4: 13). Falou também da presença do anticristo no final dos tempos (II Ts 2: 1- 7; Gn 6: 3a; I Ts 4: 13- 17). A presença do anticristo vinha no poder de Satanás (II Ts 2: 9; Ap 16: 13- 14; Ap 7: 1- 14). Na carta que Paulo envia a Timóteo ele fala do perigo de dar cargos aos neófitos (I Tm 3: 1- 7) e das viúvas (I Tm 5: 3; Ex 22: 22; Dt 10: 17- 18). Estas, as mais novas se desviavam em busca de casamento rápido, em busca de sexo, tornavam assim um problema para a igreja (I Tm 5: 11- 13; Lv 19: 16; Pv 1: 13). Ele atribuía isso a Satanás (I Tm 5: 14- 15; Atos 13: 9- 10). Não ignoreis o diabo (Jd 9- 10), ele é real e tem autoridade para destruir aqueles que não obedecem à palavra de Deus (I Co 5: 1- 5; Jo 5: 1- 14; Jo 10: 10a).